Quinta-feira, Novembro 21, 2024
DestaqueEconomiaRecenteSíndicos

GLP ou Gas Natural: Como fazer a escolha certa para o seu condomínio?

Entenda as diferenças entre o GLP ou Gas Natural e como cada escolha pode fazer diferença no seu condomínio

Um dos papéis do síndico é avaliar continuamente as oportunidades de serviços disponíveis no mercado que melhor atende ao condomínio em termos de qualidade, segurança e custo. Em Minas Gerais, a concessionário de gás natural (GN) tem investido na ampliação da rede para atender residências e comércio em vários bairros de Belo Horizonte assim como outras cidades do estado abrindo uma opção a mais para os consumidores nestas regiões.

Mas quais a diferenças entre GLP e GN?

O GLP, composto basicamente por butano e propano, tem um poder calorífico maior que o GN que é composto por metano, o que significa que uma unidade do GLP produz maior quantidade de energia em sua queima que o GN. O GLP é comercializado por unidade de peso (kg) enquanto o GN é comercializado por volume (m3). Para se ter uma comparação de custo entre os dois gases, por unidade equivalente de energia gerada, basta multiplicar a tarifa do GN em R$/m3 por 1,25 que você terá uma aproximação de quanto deveria ser a tarifa equivalente do GLP em R$/kg. Desta forma você poderá comparar o preço entre as duas soluções.

Importante conhecer que a transição do GLP para GN em condomínios requer algumas alterações significativas na infraestrutura e nos sistemas existentes. Aqui estão as principais considerações e alterações necessárias:

1) Adaptação de equipamentos: Os equipamentos existentes, como fogões e aquecedores, que funcionam a GLP, precisarão ser convertidos ou substituídos para operar com GN uma vez que a pressão de trabalho de ambos os gases são diferentes. Neste caso importante verificar com a concessionaria que fornece o GN para orientar sobre essas adequações necessairas.

2) Capacitação dos moradores: Os moradores devem ser informados sobre as mudanças e treinados para operar os novos equipamentos e entender as medidas de segurança relacionadas ao uso de GN.

3) Contratos de fornecimento: Será necessário estabelecer contratos com fornecedores de GN e definir os termos de fornecimento, tarifas e manutenção da infraestrutura.

4) Avaliação de custos: Realizar uma análise de custos é fundamental para determinar o investimento necessário e os benefícios a longo prazo da transição para o GN.

A transição do GLP para o GN em condomínios pode ser um processo complexo, que exige planejamento cuidadoso, envolvimento de profissionais qualificados e cooperação dos moradores. No entanto, os benefícios a longo prazo, como economias de custos e impacto ambiental reduzido, tornam essa transição uma escolha valiosa em muitos casos.

A substituição do gás liquefeito de petróleo (GLP) pelo gás natural (GN) apresenta diversas vantagens e desvantagens, que variam de acordo com o contexto e as necessidades de cada situação. Abaixo, apresento algumas delas:

Vantagens:

1) Abastecimento contínuo: Ao contrário do GLP, que requer trocas de cilindros ou tanques vazios, o GN é fornecido através de redes de distribuição, garantindo um abastecimento contínuo.
2) Menor risco de vazamentos: O GN é distribuído por meio de tubulações enterradas, o que reduz o risco de vazamentos em comparação com os cilindros de GLP.

Desvantagens:

1) A conversão de sistemas de uso de GLP para GN pode ser dispendiosa, pois requer a instalação de redes de distribuição e a adaptação de equipamentos.
2) Disponibilidade limitada: A infraestrutura de distribuição de GN pode não estar disponível em todas as regiões, o que limita sua utilização, especialmente em áreas remotas.
3) Dependência de fornecimento contínuo e de uma só concessionaria: Quando ocorre uma interrupção no fornecimento de GN, as atividades que dependem desse recurso podem ser afetadas, enquanto o GLP armazenado é mais independente além de vários fornecedores no mercado.

A decisão de substituir o GLP pelo GN deve considerar esses fatores, levando em conta as necessidades específicas de cada situação e a disponibilidade de infraestrutura. Em muitos casos, a transição para o GN pode ser uma escolha economicamente vantajosa, mas requer planejamento e investimentos adequados.

Autor: Mateus Silveira